Segundo o boletim informativo da cólera, dos 39 casos sinalizados, 21 são no município do Cacuaco, quatro no Cazenga, dois no Hoje ya Henda, um em Belas, um no Sambizanga e em Viana, na província de Luanda. Na província do Ícolo e Bengo foram registados dois casos no município de Sequele e um em Quiçama, enquanto que na província do Bengo foram declarados seis casos no município do Dande.

Nas últimas horas, duas pessoas morreram, vítimas da doença, sendo um dos casos intra-hospitalar em Belas e ou outro extra-hospitalar, no município do Cacuaco.

O MINFIN diz que há 14 amostras em processamento: quatro do município do Cacuaco, duas do município de Mulenvos e uma do município de Viana, na província de Luanda; uma n de cada um dos municípios de Calumbo, Catete e Quiçama, na província de Icolo e Bengo, três do município do Dande e uma do Panguila, na província do Bengo.

Estão internados 17 casos: dez pacientes no Hospital Municipal do Cacuaco, cinco no Hospital Geral Heróis de Quifangondo, um no Hospital Augusto Ngangula e um no Hospital Municipal da Quiçama.

Como o Jornal noticioou na tarde de quinta-feira, a maioria dos bairros e municípios de Luanda estão há vários dias sem fornecimento de água da rede pública, o que está a obrigar muitas famílias a percorrer longas distâncias para conseguir ter um recipiente cheio, mas nem mesmo em camiões-cisterna a água está fácil de encontrar, soube o Novo Jornal. Enquanto isso, a cólera alastra pela cidade.

Após um período sem surtos entre 1995 e 2000, o País sofreu um enorme surto de cólera em 2011, resultando em 2.284 casos e 181 mortes, segundo o a orrganização Mundial da Saúde (OMS). O surto mais recente aconteceu entre 2016 e 2017 e afectou as províncias de Cabinda, Luanda e Zaire com um total de 252 casos e 11 mortes, números já superados nestas últimas três semanas.